terça-feira, 8 de outubro de 2013

Você sabe trocar fralda?

A cena é clássica: a mamãe (ou o papai) deita o neném de barriga para cima, abre a parte de baixo da roupinha e a fralda e, em seguida, levanta as duas perninhas do neném. Quem ja não fez isso?

Mas será que essa é a melhor forma de trocar a fralda de um recém-nascido?

Experimente tomar um milk shake de 500ml, depois deitar de barriga para cima e pedir para que alguém levante suas pernas até tirar seu quadril do chão. Já deu para imaginar o milk shake voltando, né? Imagine isso para um bebê cujo aparelho digestivo ainda é imaturo e que normalmente já golfa e tem problemas de refluxo?

Não parece nada legal... E é choro na certa, mamães!

Essa dica veio da pediatra da minha filha: em vez de levantar as pernas do neném, experimente rolá-lo para um lado e depois para o outro. Você limpará um lado de cada vez e evitará que seu bebê sinta desconforto.

Essa forma de limpar é ótima para recém-nascidos, que são leves e molinhos. Você aos poucos descobrirá alguns truques só seus.

Aqui em casa cada um troca do seu jeito, mas a técnica de rolar foi (e ainda é) muito importante principalmente nas trocas de fralda após a mamada. É claro que devemos evitar ao máximo deitar o bebê logo depois de mamar, mas você verá que mamar estimula o bebê a fazer cocô e fica difícil não trocar em alguns minutos porque ele fica incomodado com a fralda suja.

Como eu rolo minha filha na hora da troca, eu uso também um travesseiro antirefluxo no trocador, o que evita que ela fique 100% na horizontal. É claro que se você levantar as duas pernas o travesseiro irá piorar a situação porque fará com que a barriguinha do bebê seja mais comprimida ainda.

Uma dica para mamães que farão o enxoval nos EUA é comprar aqueles trocadores que têm as bordas laterais mais altas. Assim, o bebê tem um anteparo que dificulta que ele role para fora do trocador.

E a melhor dica de todas, que recebi da madrinha da minha filha: compre também essa "esteirinha" branca que fica por cima do trocador (veja na foto).


 Lá fora se chama changing pad liner. Ela é feita de tecido por cima mas com uma camada plastificada por baixo. Dessa forma, quando o bebê faz xixi ou cocô no trocador o líquido é absorvido por essa esteirinha e não faz a maior lambança. Trocadores tradicionais são feitos apenas de plástico e por isso o xixi ou cocô acaba escorrendo e sujando tudo. Com a esteirinha a sujeira é localizada e basta você trocar por uma esteirinha limpa, sem precisar tirar o forro do trocador todo. Ela pode ser lavada na máquina (se for cocô, antes de colocar na máquina, tire o excesso colocando de molho na bacia com água e sabão de coco). Vale super a pena comprar pelo menos 4 kits dessas esteirinhas.


Então, para mamães de primeira viagem, aí vai o roteiro da troca de fralda:

1- Deite o bebê no trocador de barriga para cima (tá fácil!). Separe uma fralda limpa e abra-a bem para que ela fique mais fácil de colocar.

2- Abra a parte de baixo da roupinha e leve-a para as costas do bebê rolando-o para um lado e para o outro bem suavemente, o suficiente para puxar a roupinha para fora da área da fralda.

3- Abra a fralda suja e segurando pelas perninhas, levante bem pouquinho o quadril do bebê para dobrar a fralda novamente embaixo do bumbum do bebê. Nesse movimento, aproveite a própria fralda para remover o excesso de cocô do bumbum.

4- Limpe a parte da frente (se for menina, atenção para o cocô que entra na "pepeca").

5- Role o bebê para um lado e limpe o lado do bumbum que ficou para cima. Tire a fralda suja já rolando o bebê para o outro lado (para que ele não encoste novamente na fralda suja).

6- Limpe o outro lado do bumbum e coloque a fralda limpa nessa parte. Ela entra meio inclinada, mas você irá ajeitar quanto rolar o bebê novamente.

7- Passe a pomada antiassadura sem exagero nas dobrinhas da virilha (não passe na genitália) e depois no bumbum (sempre nessa ordem para não levar bactérias do bumbum para a genitália).

8- Feche a fralda deixando uma folga de uns 2 ou 3 dedos entre a barriguinha e a fralda. Isso é importante para não comprimir a barriga do bebê quando ele levantar as pernas ou quando mamar novamente e a barriga ficar mais estufada.

9- Verifique se o elástico das laterais da fralda estão cobrindo bem as coxas do bebê, pois às vezes ele fica para dentro do bumbum e o cocô ou xixi acaba vazando.

Parece complicado mas não é!  Vejam como minha filha se diverte!


Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amamentação: dicas gerais

Olá mamães!

Já falei bastante sobre como ter leite e evitar problemas de empedramento e mastite. Mas sempre há mais dicas sobre como amamentar! :)

Muitas mamães ficam com o bico do seio muito ferido, em alguns casos chega até a sangrar. Apesar de ser muito comum, isso pode ser evitado. 

Vamos às dicas:

1- O neném precisa fazer a "pega" correta, ou seja, abocanhar não apenas o bico mas toda a aréola (ou o máximo dela que conseguir). Muitas mamães não sabem, mas os depósitos de leite estão na aréola e o leite só é produzido quando esses depósitos são massageados pela sucção que o bebê faz.

2- Ajude o bebê a abocanhar o máximo que puder segurando sua mama com a mão em forma de C. Não faça um V pois dessa forma você impede a passagem correta do leite pelos ductos mamários.

3- Use uma pomada de lanolina pura própria para os seios. Eu usei a Lansinoh, que é a mais indicada pois não é preciso lavar antes de amamentar. IMPORTANTE: use a lanolina APÓS a mamada e nunca antes, pois ela é escorregadia e pode atrapalhar a pega correta pelo bebê.

4- Beba MUITA água. Você precisa de, no mínimo, 4 litros de água. Parece muito, mas não é. Você normalmente já precisa de 2 litros, produzindo leite precisa de mais 2 litros. Se você não se hidratar bem, além de não produzir leite ainda terá problemas como prisão de ventre, por exemplo. Você sentirá sua pele, olhos e mucosas muito ressecadas. Por isso é legal deixar uma garrafinha com água próximo ao local em que você normalmente amamenta, pois é um momento em que você consegue parar um pouco e se hidratar enquanto o bebê mama. Na correria do resto do dia muitas vezes não dá tempo de pensar em pegar um copo d'água. Você pode também pedir ao seu marido ou quem quer que esteja em casa para trazer água para você com freqüência.

5- Procure oferecer bastante o seio ao bebê durante o dia para, aos poucos, ele ir entendendo que deve se alimentar mais durante o dia para agüentar um período maior de sono à noite. Com cerca de 3 ou 4 meses o bebê normalmente já mama em intervalos de 3h durante o dia e de 4h ou 5h durante a noite.

6- Procure deixar a cabeça do bebê mais alta que o resto do corpo dele quando estiver amamentando para ajudar o fluxo de leite para o estômago. Os bebês nascem com o sistema digestivo imaturo e em muitos deles a válvula que impede que o leite volte do estômago ainda não funciona direito. Por isso o bebês têm muito refluxo. Se você mantiver a cabeça dele elevada em relação ao corpo você evita que o leite volte enquanto ele mama.

7- Mantenha a cabeça e o pescoço do bebê alinhados ao corpo dele, encostando a barriga do bebê na sua (barriga com barriga). Isso evita a torção do pescoço dele e facilita que ele engula o leite.

8- Se ao mamar o bebê fizer barulho, faça ele soltar o bico colocando seu dedo mindinho no cantinho da boca dele, entre seu bico e o lábio do bebê. Quando a pega está correta o bebê não faz barulho ao mamar. Os lábios do bebê ficam virados para fora e não escondidos para dentro da boca dele. Isso evita a entrada do ar e as conseqüentes cólicas.

9- Deixe seu bebê mamar toda uma mama antes de oferecer a outra. Se ele só agüentar uma, não há problema: esvazie a outra com a bomba ou reveze as manas em cada mamada. Não dê um pouquinho de cada seio na mesma mamada, pois no inicio da mamada o leite que sai serve apenas para hidratar o bebê. É um leite menos gorduroso. O leite que alimenta é o leite do final da mamada, que tem mais gordura e calorias. Se você alternar os seios durante a mamada, corre o risco de não dar ao seu bebê o leite mais gordo e ele ficará com fome.

Bom, por hoje é só!



domingo, 22 de setembro de 2013

Roupinhas: erros e acertos

Fazer o enxoval é sempre um momento delicioso! A gente vai escolhendo as roupinhas e sonhando com nosso bebê dentro delas.

Mas... apesar de lindas, algumas roupinhas não são nada práticas e no fim a gente acaba não usando. Como existem muitas opções, vou dividir com vocês os meus erros e acertos.

Fiz meu enxoval nos Estados Unidos e recomendo muito a Carter's. Mas há coisas que a gente só encontra aqui no Brasil, como, por exemplo, fraldinhas de boca e toalhas fralda (para usar dentro da tolha normal e não machucar a pele delicada do bebê). Sapatos também são muito melhores no Brasil.

Se você ainda não fez o enxoval do seu bebê, aí vão algumas dicas:

Bodies - procure sempre bodies com a gola transpassada  (veja na foto). Isso ajuda muito na hora de passar a cabeça do bebê porque as duas partes do tecido não são costuradas e você consegue abrir bem a gola.





Para recém-nascidos, recomendo bodies com manga reversível. É uma aba de tecido costurada por fora da manga que, ao ser virada para dentro, forma uma luvinha na mão do bebê:




Isso é ótimo principalmente na maternidade porque alguns bebês (como a minha filha) nascem com as unhas compridas e essa "luvinha" acoplada impede que o bebê se arranhe. É muito melhor do que colocar luva, porque o bebê não consegue tirar. Ah, lembrando que nas maternidades as enfermeiras são proibidas de cortar as unhas dos bebês por causa do risco de infecção!

Macacões - Esqueça macacões que abrem só na costas. Acredite, fechar botões nas costas de um recém-nascido não é tarefa fácil! Não é prático e não tem nenhuma vantagem. Escolha macacões que abram na frente e principalmente aqueles de botões de pressão que abram nas duas pernas, assim:



Existem macacões de zíper e alguns de botão que abrem apenas em uma das pernas. Isso não é bom, porque dificulta na hora de passar a perna que não abre, principalmente quando seu bebê cresce um pouquinho e começa a esticar as pernas com força (bem na hora que você está tentando passar a perna dele, lógico!). São como esses abaixo. Evite!



Roupa para banho de sol - Assim como os macacões, a roupa para o banho de sol deve abrir de preferência na frente (ou ser larguinha o suficiente para sair com facilidade pela cabeça do bebê) pois você irá tirar e colocar a roupinha enquanto o bebê estiver pegando o sol, provavelmente no parquinho, sem muito apoio, sem as facilidades do trocador etc. Por isso, o ideal é que a roupinha abra completamente, inclusive nas pernas, para que você possa abrir a roupa sem precisa tirar o bebê do chão, como essas:



Calças - São lindas mas em geral apertam muito na barriga, o que é ainda pior para bebês com refluxo (como é o caso da minha filha). Infelizmente a maioria das calças possui um elástico grosso e muito apertado. Mesmo usando números maiores, você verá que a calça ficará comprida mas apertada na barriga. Como não queremos deixar de colocar essas calças tão bonitinhas, o jeito é cortar (sim, cortar!!) parte do elástico, para que ele fique mais fino e não faça tanta pressão. O que eu faço é cortar por dentro da calça, bem rente à costura, e deixo o resto do tecido por cima.

Antes:


Depois:


Vocês não têm noção de como fica melhor para o bebê. Minha filha muitas vezes chorava de tão incomodada que ficava com a calça e eu precisava tirar. Agora, com o elásitco cortado, voltei a usar calças que não cabiam mais. Não fique com pena de cortar, é melhor do que ter uma roupinha linda que seu filho não usa. Se preferir (e tiver tempo) você pode costurar novamente o tecido cortado para ficar com um acabamento melhor, mas na prática nem dá para perceber.

Vestidos - Se você é mãe de menina como eu, verá que a maioria dos vestidos não veste bem porque, ao pegar a criança no colo, o vestido sobe completamente e a neném fica só de calcinha com o vestido quase no pescoço! Isso acontece principalmente quando o bebê é muito novinho e ainda não sustenta as costas para ficar sentadinho no seu colo.

Existem vestidos que vêm com um body (na verdade um body com uma saia costurada por cima) que são ótimos justamente porque ficam no lugar, já que o body é abotoado, como esse:

Tamanhos - Apesar do tamanho na etiqueta, lembre-se que alguns tecidos esticam e outros não. Por isso, se for comprar roupas de fazenda (como essa batinha abaixo), compre sempre 1 tamanho maior do que o que o seu filho estará usando nessa idade. Por exemplo, minha filha (que é bem grande para 5 meses) normalmente usa roupas de 6 a 9 meses, mas roupinhas de fazenda ela usa 9 a 12 meses.


Ao fazer a lista do que comprar, procure pensar em com que idade seu filho estará em cada estação do ano, mas compre sempre algumas peças mais quentes ou mais frescas para qualquer época, pois seu filho pode ser maior ou menor que a média.

Beijos!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Alerta às mamães: mastite e leite empedrado

Como comentei no post sobre amamentação, eu tive mastite logo no primeiro mês de vida da minha filha. E, gente... Não desejo isso nem para a minha pior inimiga!

A mastite é a inflamação (e às vezes até infecção bacteriana) das glândulas e dutos mamários. Pode ser causada por diversos fatores, mas em geral o excesso de leite que não é sugado pelo bebê acaba sendo o fator principal.

No meu caso foi apenas (!!!) uma inflamação e o tratamento com anti-inflamatório por 1 semana foi suficiente, sem necessidade de antibióticos.

Como foi uma experiência muito difícil, vou relatar todos os detalhes do que houve comigo para que vocês possam facilmente identificar o início de uma mastite e não passem por esse problema.

Logo que meu leite desceu eu iniciei uma massagem nas mamas que a pediatra havia ensinado. É uma massagem com os cinco dedos alinhados, como se desenhasse raios de sol em volta do mamilo. Fazia a massagem embaixo do chuveiro, com água morna e realmente percebia que ao massagear (sem muita força) determinados pontos da minha mama era como se apertasse umas bolsinhas e o leite esguichava.

Mas como minha filha era bem pequena e sugava uma quantidade pequena e apenas 1 seio por mamada, minha produção de leite foi excessiva e mesmo após as mamadas a mama continuava cheia.

Por inexperiência, no começo eu não usava a bomba para retirar o excesso de leite (até mesmo porque o tempo é muuuuito curto entre uma mamada e outra e não sobra tempo para quase nada). Resultado: 1 dia após o leite descer eu parecia a Pamela Anderson. Mesmo!

De repente comecei a sentir um incômodo, as mamas duras e doloridas. Falei com a minha ginecologista/obstetra (na madrugada, olha o desespero! Obrigada, Dra. Monica!!!), que me orientou: "Você está com muito leite, mas isso não é mastite, é apenas a apojadura (descida do leite), que é mesmo muito dolorida para algumas mulheres. A massagem suave não será suficiente agora que a sua mama está endurecida. Vá para o chuveiro com água quente e SEM PENA DE VOCÊ use as mãos fechadas para massagear com força das extremidades para a direção do mamilo. Gentemmmm, como doeu! Doeu muito! Mas depois de algum tempo o leite saiu e os dutos estavam desobstruídos (a água quente ajuda).

Mas, como ela disse (e eu só entendi isso depois), eu NÃO estava com mastite. Ainda.

Sempre que sentia que a mama estava dura, repetia com força a massagem embaixo de água quente. Só que em determinado momento esse ingurgitamento da mama virou uma mastite e... eu não percebi. O grande problema é que tudo o que funcionava para a mama cheia de leite NÃO pode ser feito quando se está com mastite porque a água quente piora inflamações e a massagem com força pode machucar ainda mais os dutos inflamados.

De repente comecei a sentir calafrios, dores em todas as articulações do meu corpo (cotovelos, joelhos, dedos das mãos e dos pés) e simplesmente não tinha forças para ficar em pé e muito menos para pegar minha filha no colo. Tive pesadelos que eram praticamente alucinações e ao tirar a temperatura, estava em 39 graus. Uma coisa horrível! Olhei no espelho e havia uma mancha vermelha que mostrava exatamente o duto mamário inflamado. Como demorei para perceber que não era simplesmente um excesso de leite, acabei piorando a situação com água quente durante 2 dias.

Foi então que minha médica me receitou o anti-inflamatório. Eu continuei amamentando (o que é muito importante para que o organismo entenda que não pode parar a produção de leite) e pesquisando com outras mamães descobri que devia fazer o contrário: usar água fria. Parece óbvio agora: tratar inflamação = água fria. Mas nessas horas, estamos tão desnorteadas que nem conseguimos raciocinar.

Fui então para debaixo do chuveiro (aos prantos já) e sentada no chão fiquei debaixo de água fria por uns 40 minutos. Usando as duas mãos eu sacudia a mama para cima e para baixo, depois a torcia nos sentidos horário e anti-horário, e em seguida usava as mãos fechadas para empurrar da extremidade para o mamilo. Depois de muito repetir isso (e como dói, gente...) enfim o leite começou a sair e como estava medicada, em cerca de 3 dias eu já me sentia melhor.

Se você sentir qualquer um desses ou outros sintomas (sim, porque no fundo nós percebemos quando há algo errado), busque logo ajuda e lembre-se NÃO USE ÁGUA QUENTE.

Mas, e o que se deve fazer para evitar a mastite?

Primeira dica: use a bomba de tirar leite desde o primeiro dia em que seu leite descer. Por duas razões:

1 - Se você tiver muito leite, seu filho não dará conta de mamar até sua mama esvaziar completamente e a bomba fará esse papel (use a bomba após as mamadas);

2 - Se você não tiver muito leite, a bomba ajudará a estimular a produção. Muitas vezes o bebê é pequeno (principalmente prematuros) e não tem força para sugar o quanto é necessário para a produção adequada de leite.

A bomba de tirar leite é sua grande aliada! Eu uso todo dia (1 ou 2 vezes por dia) e por isso consigo fazer um bom estoque de leite congelado, o que é fundamental para mamães que trabalham. Além, claro, de manter a sua saúde, esvaziando a mama por completo. O leite que você tirar e congelar pode ser oferecido na mamadeira ao bebê no período de 30 dias. Então coloque a data em que ele foi tirado e congelado.

Esse é o meu estoque:


Existem várias marcas de bomba. Eu uso a da Medela, mas qualquer bomba ajuda (as elétricas são melhores). A bomba manual pode te salvar quando você estiver fora de casa, pois é mais portátil. E se você não tiver bomba, em último caso, faça a ordenha manual. É cansativo, mas ela evitará que você tenha mastite.

Beijos e até o próximo post!

domingo, 15 de setembro de 2013

O bebê não dorme no berço?

Pode estar faltando aconchego!

Assim que cheguei da maternidade apresentei a casa à minha filha, andando pelos cômodos e explicando cada ambiente. Depois disso quis logo colocá-la no berço para que ela tivesse o referencial de que aquele seria o quartinho dela.

Só que ao colocá-la no berço percebi que ela não tinha ficado nada confortável! Eu e meu marido nos olhamos e, rindo, pensamos: "isso não pode ser assim, a gente ta fazendo algo errado!" hahaha

Quando somos mães de primeira viagem passamos por cada situação! Fico imaginando como deve ser mais fácil no segundo filho, porque no primeiro a gente quebra a cara muitas vezes! :)

Vejam a foto da tragédia:


A gente tinha simplesmente colocado o lençol, o rolinho segura-bebê e pronto. Coitada da criança!!!!

É claro que o colinho era mais gostoso e acolhedor! O neném se sente mais seguro no colo, que tem o cheiro, a voz e o batimento do coração da mamãe. Mas será que é só isso?

Quando nasce, o bebê sai de um ambiente apertado, escuro e bem barulhento. De repente está num ambiente silencioso, claro e sem limite físico para se movimentar. Para que ele se sinta acolhido, precisamos recriar um ambiente o mais próximo daquele a que ele está habituado.

Por isso, começamos (com a ajuda das vovós experientes) a criar o que o meu marido chama de cockpit :)

Vejam a diferença!



Primeiro eu coloco mantas e edredons enrolados acompanhando as linhas laterais dos rolinhos, depois coloco uma mantinha por cima. Cuidado para não colocar objetos com os quais seu bebê possa se enforcar ou sufocar. O ideal são almofadas do tipo "soninho" para preencher os espaços. Uso também um travesseiro antirefluxo e livros embaixo do colchão para elevar bastante a cabeceira. E, por fim, preencho o resto do berço com um travesseiro meu, que fica no pé do bebê, para evitar que ele escorregue, já que o colchão está inclinado.

Minha filha adora!


No ínicio você pode também enrolar o bebê (técnica do swaddle), mas saiba que isso só funciona com recém-nascidos. Depois de 1 mês provavelmente seu filho ficará incomodado de ficar enrolado na manta. No começo funciona muito bem porque a criança ainda não tem controle sobre os movimentos dos braços e quando eles se movem ela se assusta.

Quando você deixar de enrolar seu filho na manta, ele certamente irá movimentar os braços e terá dificuldade para dormir. Nessas horas, basta segurar os braços dele (coloque sua mão prendendo os braços do neném contra a barriguinha dele) e ele conseguirá dormir. Mantenha a sua mão até que o bebê aprofunde no sono.

Boa noite de sono para você!




sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ter leite é questão de sorte?

Ter ou não ter leite é um assunto difícil para muitas mamães. A maioria dos blogs e sites que tratam do assunto buscam sempre confortar a mãe que não tem leite suficiente para amamentar. Eu tenho uma posição um pouco diferente e sei que minha opinião irá gerar muita controvérsia, porque não segue a linha do politicamente correto.

Em vez de dizer "tudo bem se você não tem leite, use complemento", eu prefiro dizer " você pode ter leite se souber estimular a produção". Não sou a única a pensar assim, eu garanto. Mas a maioria prefere não ajudar a mamãe a ter leite, apenas cuidar para que ela não se sinta culpada (o que também é importante, mas não é o principal, certo?).

Eu não acredito em "não ter leite". Eu acredito em falta de orientação e falta de estimulação adequada. A menos que a mamãe tenha um problema físico (tenha feito uma cirurgia de redução de mama, por exemplo), ela terá leite sim! Mas o leite não surge do nada. Para que ele seja produzido o bebê precisa sugar o peito da mãe. E sugar, e sugar, e sugar sem parar.

O leite só "desce" se houver estimulação. O fato de você ter um bebê em casa, por si só, não faz com que o seu leite desça. Ele só vai descer se o seu bebê passar praticamente 24 horas do dia pendurado no seu peito. É sério! Ele vai dormir, mamar, dormir de novo, mamar de novo, tudo isso sem soltar do seu mamilo. E seu leite vai surgir.

Mas falando francamente: não é moleza!! Os 3 a 5 primeiros dias são muito difíceis. Mas muito difíceis mesmo! A mamãe fica exaurida porque não pode delegar essa função a ninguém. O mamilo fica ardido (atenção para a "pega" correta), você acha que não vai aguentar. Mas se, ao invés de deixar a criança sugar o peito, você oferecer a mamadeira, xuquinha ou chupeta, você não terá a estimulação de que precisa para o seu leite ser produzido. E o pior de tudo: como na mamadeira o leite sai com mais facilidade, ao colocar o bebê no seu peito ele irá chorar porque será mais difícil para ele puxar o leite. E você achará que não tem leite e desistirá. Até mesmo quando você já tiver leite você verá que, quando a criança começa a sugar, o leite demora alguns segundos para começar a sair. Já na mamadeira o leite sai imediatamente. Um bebê que mama no peito sabe disso, está acostumado a sugar algumas vezes sem leite até que comece a sair.

A estimulação é fundamental para que o leite surja. Tanto é assim, que mães que adotam podem ter leite. No passado, as "amas de leite" também não eram mães e tinham leite. Basta estimular MUITO.

Quando minha filha nasceu, fiquei com ela no quarto da maternidade comigo a noite toda. Eu e meu marido praticamente não dormimos. Ela ficava pendurada em mim e meu marido perguntava: "Ela está mamando ou te fazendo de chupeta?" hahahahah Ela acordava, sugava um pouquinho, dormia de novo. Eu fazia cócegas na parte de trás do pescocinho dela, ela acordava, sugava mais... E assim foi até voltarmos para casa. Em casa montei uma cama no chão (para não ter risco de dormir e ela cair) e fiquei no mesmo esquema com ela.

No 4o dia desceu o leite. Mas muito, muito, muito leite. Tanto que ela nem deu conta de mamar tudo e... meu leite empedrou e depois ainda tive mastite. E esse é um ponto muito importante que irei tratar em outro post.

Resumo: Sim, deixe seu filho te "fazer de chupeta". É isso que produz o leite!

Aguente firme o cansaço na primeira semana, ofereça o peito e tudo dará certo!

Beijos e boa sorte!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Como ensinar o bebê a dormir

Parece engraçado, mas é verdade: os bebês não sabem dormir. Para eles, o sono é uma sensação esquisita! Olho pesado, cansaço, irritação. É só pensar como nos sentimos quando estamos cansados e com muito sono depois de um dia inteiro de trabalho. Só que nós adultos sabemos que é só dormir que melhora :)

Os bebês não sabem disso e precisam ser ensinados. Com o tempo eles vão entendendo que aquela sensação estranha melhora quando dormem e acordam descansados. Bebê que dorme bem, cresce bem e é bem humorado!

Vou contar aqui os métodos (experimentais e muito engraçados!) que aplico com a minha filha (com sucesso até o momento).

Bom, primeiro de tudo: o neném não sabe a diferença entre dia e noite. Quando nasce, ele mantém o padrão de sono e alimentação muito parecido com o que tinha dentro da nossa barriga. Dorme e come em intervalos muito curtos. Aos poucos vai aprendendo que pode se alimentar um pouco mais e assim dormir um pouco mais (com a barriga cheia), porque neném com fome não dorme, né?

Para ensinar minha filha que a noite é o período em que ela (e todo mundo) deve dormir, uso atitudes muito simples, mas muito importantes, e que a maioria das pessoas simplesmente não percebe.

1 - O bebê acorda com fome e precisa ser alimentado. Parece brincadeira, mas já ouvi uma mãe perguntar se devia amamentar o filho quando acordava com fome ou se podia "enrolá-lo" com a chupeta. Não! Alimente-o. Ele aos poucos vai ter capacidade de ingerir mais leite e dormir mais tempo com a barriguinha cheia. No começo ele realmente irá acordar em intervalos curtos mas em poucos meses isso irá melhorar.

2 - Mantenha o ambiente com luz fraca. Se precisar trocar a fralda, faça o possível para não aumentar a luz e não estimular o bebê.

3 - O mais importante de tudo: Não brinque com o bebê durante a madrugada. Muitas mães não percebem que, ao brincar, conversar e sorrir para o bebê durante a madrugada, estão ensinando o filho que ficar acordado à noite é legal e divertido. Ou seja, se você interagir com ele, ele vai aprender a sempre acordar de madrugada para curtir esse momento de diversão, quando na verdade o que você quer é que ele aprenda que a madrugada é um momento para dormir (ele e você).

Quanto menos você falar (com ele ou qualquer outra pessoa que esteja no quarto), melhor. Tente não corresponder a sorrisos. Sei que é difícil, pois um sorriso da pessoa que mais amamos no mundo é irresistível, mas pense que você está ensinando seu filho. Se achar que não tem autocontrole suficiente para não sorrir de volta, evite olhar nos olhos dele. Minha filha uma vez me deu um lindo sorriso (lindo mesmo!) às 4h da manhã. Consegui resistir e foi duro ver a carinha dela ao não ser correspondida. Mas ela foi recompensada com um "bom dia!!!" muito animado às 6h, quando o dia já clareava e entendeu que aquele sim era o momento de acordar e brincar com a mamãe.

4 - As crianças aprendem imitando. Fato. Tudo que fazem é através da observação. Eles imitam o que fazemos e, ao experimentar, entendem como funciona. Nos primeiros 3 meses eu ninava minha filha no colo, balançando um pouco, dando tapinhas ritmados (como um tic-tac do relógio) e fazendo um barulhinho de shiiiii quando ela estava muito agitada ou cantando sempre a mesma musiquinha. Depois que dormia, eu a colocava no bercinho. Mas depois do 3o mês achei que ela já seria capaz de começar a aprender a adormecer no berço.

Passei então a começar o processo ninando, e quando ela já estava relaxada (mas ainda acordada), dando umas piscadas mais longas, eu a colocava no berço. No início, ela estranhou, é claro! Mas eu continuava fazendo o shiiiiii e dando tapinhas ritmados nela (para continuar aquele "mantra" do soninho que ela já conhecia). Então ela me olhava e não sabia o que fazer dentro do berço. E agora??

Foi então que passei a mostrar a ela o que fazer. Eu olhava nos olhos dela e começava a fechar os meus olhos, como se eu estivesse com sono. Fiz isso algumas (muitas!) vezes, e ela começou a me imitar. Até hoje faço isso e vejo que ela entende - é... mamãe não vai brincar, está com sono, o quarto está escuro, está de noite... acho que vou dormir também :).

Funciona! E funcionará mais ainda se isso for feito dentro de uma rotina simples, que relaxe o bebê antes da hora de dormir. Mas isso é tema para outro post...

Até lá!